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Como organizar um momento coletivo com vários grupos de crianças.

 

15/07/2013

Autor e Coautor(es)
GILBERTO LOPES LERINA
imagem do usuário

FLORIANOPOLIS - SC Universidade Federal de Santa Catarina

Giandréa Reuss Strenzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Educação Infantil Movimento Coordenação
Educação Infantil Movimento Expressividade
Educação Infantil Natureza e sociedade Objetos e processos de transformação
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Educação Infantil Natureza e sociedade Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Perceber sensações, limites e a integridade do próprio corpo e do corpo do outro;

- Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos;

- Possibilitar a interação entre as crianças dos diferentes grupos da Instituição de ensino.

Duração das atividades
A proposta poderá ser dividida em 03 etapas, sendo seu planejamento coletivo, sua vivência e a exposição das produções confeciconadas, a última etapa. O tempo de duração das etapas é variável de acordo com a participação dos professores no planejamento e das crianças nas propostas. A exposição pode durar cerca de dez dias.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Consideramos que a temática de propostas com o corpo deva ser trabalhada na educação infantil, cotidianamente.

Esta atividade poderá ser desenvolvida com crianças a partir dos 04 anos de idade.

Sugerimos que seja avaliado, previamente, o número de crianças participantes e a quantidade de adultos coordenadores de cada momento sugerido.

Estratégias e recursos da aula

 Esta proposta deverá ser planejada coletivamente pelos professores da Instituição. A atividade consiste em os professores organizarem espaços e materiais de forma que as crianças de diferentes grupos possam interagir ao mesmo tempo.

É importante, portanto, que os professores envolvidos na proposta percebam e promovam um momento interativo e alegre, tendo uma visão do todo e vislumbrando cada detalhe do que irão propor.

 

Primeira Etapa: “Como propor uma atividade interativa articulando os professores da Instituição educacional?”

Proposta:

Este primeiro momento será marcado pela iniciativa de um dos professores da Instituição, que tomará para si a postura de articulador do grupo. Ele deverá vislumbrar o momento oportuno para convidar os demais professores, podendo ser em uma reunião pedagógica ou de planejamento coletivo. Talvez, como estratégia, ele poderá se aproximar e convidar os professores com que melhor se relaciona no ambiente de trabalho, antes mesmo de propor ao grande grupo de professores.

Uma vez com a equipe formada, os professores de diferentes grupos de crianças (em torno de seis) deverão se reunir para fazerem um planejamento estratégico da atividade, quanto ao que irão propor, ao espaço onde será transcorrida a atividade, qual o objetivo de cada proposta em si e o que as propostas juntas poderão trazer para as crianças etc., de maneira que o momento planejado seja harmônico, não exponha as crianças ao perigo, seja instigante e pensado nas várias faixas etárias que estarão presentes, e que propicie a ampliação do leque de possibilidades com o corpo, o movimento e a arte.

Uma vez todos conectados na mesma atmosfera de parceria - pois uma atividade desta natureza exige que todos “peguem juntos”, deverá ser traçada uma organização em que todos terão uma ou mais funções na atividade proposta, desde os professores aos alunos, guardadas as devidas proporções.

                         

Segunda Etapa:  Vamos planejar o quê?

Para este momento, sugerimos atividades ligadas às artes, ao corpo e a diferentes possibilidades de movimento, podendo o professor voltar a proposta ao que as crianças demonstrem interesse, ou à cultura local, enfim, devendo sim estar atento para que estas propostas sejam adequadas para a composição do momento como um todo.

Esta proposta envolverá, aproximadamente, 06 grupos de crianças, e deverão ser planejadas e organizadas em torno de 06 estruturas, a que nomearemos de estações. O número de adultos necessários para o adequado desenvolvimento das propostas depende muito do que será sugerido. Porém acreditamos que deva ser de, no mínimo, 02 adultos por proposta que, responsáveis por cada estação, deverão estar atentos e instigar as crianças à participação.

Sugerimos abaixo 06 estações que poderão ser desenvolvidas em um local dentro ou nos arredores da Instituição, dando preferência a espaços abertos, ao ar livre e se possível, arborizados, para que as crianças transitem de forma segura e possam visualizar todas as propostas a fim de escolher as que quiserem brincar.

Em uma atividade desta natureza é importante que se tenha um adulto articulador, que tenha a função de transitar pelos espaços organizados no momento que a atividade estiver acontecendo, com um olhar atento à segurança e às sugestões dos participantes, e talvez servir de apoio para algum professor. É importante o articulador observar também a formação de filas de espera, assegurando-se de que estas não fiquem imensas. Para isso, o professor articulador poderá sugerir que as crianças experienciem outras brincadeiras e depois voltem para aquela onde haja esta configuração.

Organização do trabalho com as crianças: Sugerimos que no planejamento dos professores também seja pensado e articulado como será o momento de organização da proposta com os grupos que participarão dela. É importante que antes do início da proposta, cada professor relate ao seu grupo como será esse momento, quais as estações que o comporão e que cada criança deverá participar de todas. Combinar com seu grupo é imprescindível para dar aos pequenos a possibilidade de serem ouvidos e de evitar que fiquem perdidos entre as várias alternativas do dia.

 

figura de crianças brincando

                  Imagem de crianças brincando

Fonte: http://www.dicasecia.com/brincadeiras-para-divertir-as-criancas/

 

 

  • FALSA BAIANA

Local: Dê preferência ao ar livre, num ambiente arborizado. Se isso não for possível, a própria Instituição poderá ser utilizada, contanto que no local se tenha uma construção de alvenaria, entre dois pilares (colunas) de concreto, por exemplo. Nesse caso, coloque colchonetes debaixo da falsa baiana de modo a proporcionar maior segurança às crianças.

Material: Duas cordas. A metragem destas dependerá do local nas quais elas serão amarradas e, portanto, da distância entre as duas árvores ou colunas de concreto.

Proposta: Previamente o professor deverá fixar duas cordas paralelas (horizontalmente), em dois pontos distantes, mais ou menos, 05 (cinco) metros um do outro, dependendo do ponto de ancoragem existente. Estas cordas devem ser fixadas de forma a ficarem firmes e seguras, podendo ser amarradas, por exemplo, entre duas árvores, dois postes, dois pilares, entre outros, podendo se apoiar  na sugestão dos Recursos Complementares. A altura entre a corda de cima e a de baixo dependerá da altura média das crianças do grupo. O ideal é que as crianças possam alcançar, com facilidade, a corda de cima com os braços estendidos, se apoiando, com os pés, na corda de baixo, sem muito esforço (ver Foto 1). A altura da corda de baixo em relação ao solo deve ser de aproximados 50 (cinquenta) centímetros.

Se o professor perceber insegurança em algumas crianças, no momento da travessia, ou no caso em que alguma solicitar a sua ajuda/presença, ele deve acompanhá-las mais de perto, numa posição de atenção e expectativa. Essa “ajuda” deve, contudo, ser dada de uma maneira sutil, sem exercer muita pressão sobre a criança, segurando-a muito forte, por exemplo. O professor deve sim ter uma atitude otimista, estimulando a autoconfiança e coragem da criança.

À medida que as crianças vão ganhando confiança na travessia, o professor pode estimular torcidas, para aquelas que estão atravessando, e convites bem-humorados às próximas a realizarem a travessia, destacando as diferentes formas de se atravessar um “perigoso rio” (aqui, uma sugestão).

 

  criança atravessando o rio

                                                                

 Foto 1 - Possibilidade de amarração de corda, distância entre elas e altura em relação ao solo.

Fonte: aulas portal do professor 

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37893

             

SALTO NO ALMOFADÃO:

Local: Estruturado no interior da Instituição, em que as crianças possam transitar e distante de paredes, quinas, móveis etc., evitando assim que as crianças possam colidir com estes e se machucar.

Material: Um almofadão grande, conforme foto abaixo, uma escada, uma mesa.

Proposta: Esta estação será organizada com uma fila (ou uma roda de crianças), onde o professor organiza, uma a uma, de forma que só esteja em cima da mesa uma criança por vez. A cada criança que salta, ele convidará a próxima para esse mesmo exercício. É importante que seja combinado com as crianças esta situação de organização devido à segurança, e sugerir para que elas não se empurrem, enquanto esperam.

 

           

                                                                                                    almofadão

Foto 2 : Almofadão, mesa e escada.

Acervo NDI 2013

Fotografia: Gilberto Lerina

 

PULAR CORDA:

Local: A corda deve ser bamboleada em um local com chão batido e firme, sem depressões no solo. Há possibilidade de esta estação ser estruturada no interior da Instituição, mas, deve ser em um local onde as crianças possam transitar e distante de paredes, quinas, móveis etc., evitando assim que as crianças possam colidir com estes e se machucar.

Material: Uma corda com aproximadamente 04 metros de comprimento.

Proposta: Os professores responsáveis por esta estação deverão estar atentos às diferentes idades e ao grau de dificuldades das crianças nesta brincadeira. Em alguns momentos, ele deverá propor uma brincadeira de “cobrinha” com a corda, também para as crianças menores (Recursos Complementares). As crianças deverão ser organizadas na forma de uma grande roda e os professores irão chamando uma a uma para experienciar a brincadeira, evitando-se assim uma grande fila, que geralmente acarreta um empurra-empurra conflitante. O professor poderá sugerir, em um determinado momento, que as crianças brinquem de saltos em altura e à distância, conforme sugestão nos Recursos Complementares.

 

Imagem de crianças pulando corda e outras brincadeiras acontecendo no mesmo tempo.

Fonte: http://www.dicasecia.com/brincadeiras-para-divertir-as-criancas/

 

ARGILA

Local: Poderá ser estruturado no interior da Instituição, em um local onde as crianças possam transitar e estar confortáveis enquanto manuseiam a argila.

Material: Argila, paus de madeira (tipo picolé) e fio de nylon de 50 cm de comprimento.

Proposta: O professor reunirá o grupo de crianças que se apresentarem para esta proposta e distribuirá pequenos pedaços de argila cortados pelo fio de nylon. Esta atividade é marcada pela não interferência do adulto no processo de criação das peças pelas crianças. O docente poderá fazer um registro fotográfico deste momento, como também registrar o nome dos autores das peças. Ao final da produção, que não terá limitação de tempo, ele guardará as peças produzidas para uma posterior exposição.

 

Foto 3: Crianças esculpindo em argila

Arquivo institucional do NDI/CED/UFSC 2012

Fotografia: Giandréa Reuss Strenzel

 

PINTURA A GUACHE

Local: Também poderá ser estruturado no interior da Instituição, em um local onde as crianças possam transitar e estar confortáveis enquanto pintam.

Material: Papéis tipo cartolina e outros, de vários tamanhos ou texturas, e pincéis de diferentes tamanhos.

Proposta: O professor reunirá o grupo de crianças que se apresentarem para esta proposta e distribuirá, para cada um, pincéis e papéis de diferentes tamanhos e texturas. Próximo à atividade, o professor disponibilizará potes de tinta guache de diferentes cores. Esta atividade também é marcada pela não interferência do adulto no processo de criação das crianças. O docente poderá fazer um registro fotográfico deste momento, como também registrar o nome dos autores nas obras, se as crianças tiverem dificuldades em fazer o registro do seu próprio nome. Ao final da produção, que será de tempo livre, ele guardará o material produzido para uma futura exposição.

 

Foto 4: Crianças pintando com guache

Arquivo institucional NDI/CED/UFSC 2013

Fotografia: Giandréa Reuss Strenzel

 

PINTURA DE ROSTO:

Os professores que se responsabilizarem por esta estação deverão ter uma mínima noção de pintura facial para tentarem atender aos pedidos das crianças, podendo se apoiar nos Recursos Complementares.

Local: De preferência ao ar livre, num ambiente arborizado, mas também poderá ser estruturado no interior da Instituição, contanto que tenha uma boa iluminação e em que os pintores e pintados possam estar sentados confortavelmente e, ao mesmo tempo, transitar livremente.

Material: Material para pintura de rosto infantil antialérgica, espelhos e papel para limpeza de rosto.

Proposta: O professor reunirá o grupo de crianças que se apresentarem para esta proposta e tentarão atender aos apelos das crianças. Esta atividade também é marcada pela não interferência do adulto no processo de escolha das crianças. O docente poderá fazer um registro fotográfico deste momento.

 

2608112735 f9ef125044 Como fazer pintura no rosto

Foto 5: Criança sendo pintada

Referência -http://comofas.com/como-fazer-pintura-no-rosto/

 

Ao final da proposta, os professores poderão organizar uma exposição  com o material confeccionado pelas crianças (esculturas, pinturas e fotos) nas várias estações, bem como um resumo de como foi organizada esta proposta. Deverá ser registrado o nome de todos os adultos envolvidos na atividade coletiva. Esta exposição deverá ser em um local de trânsito livre de visitantes e familiares.

Recursos Complementares
Avaliação

Ao final, os professores, em seus grupos de origem, convidarão as crianças para uma última roda e farão uma brincadeira de espreguiçar com as crianças, sugerindo que elas imaginem que são grandes gatos preguiçosos! Na sequência, iniciarão uma conversa sobre as experiências que tiveram, questionando como foi para cada um. Outro momento de avaliação poderá ocorrer posteriormente, por meio do registro gráfico com desenhos dos momentos vivenciados pelas crianças, assim como a proposição pelos professores, da escrita de um texto coletivo.

Os professores, em seus apontamentos, avaliam como as crianças reagiram às propostas e como foi a interação e a compreensão delas diante das diferentes etapas da atividade coletiva. Os professores, por sua vez, também deverão propiciar um momento para análise do que foi proposto e como reagiram nesta proposta grupal.

 

 

 

Correção ortográfica e gramatical:

Lygia Barbachan de Albuquerque Schmitz.

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • Maisa Domiciano de Araújo, Unopar , Acre - disse:
    maisadomiciano@gmail.com

    03/10/2013

    Cinco estrelas

    Seu trabalho é maravilhoso, usei alguns itens para complementar um trabalho sobre brinquedoteca. Faço pedagogia na Unopar e estou no 4º período muito obrigado por sua contribuição.


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