21/07/2013
Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | História | Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Atividades produtivas e as relações sociais |
Ensino Médio | História | Processo histórico: nações e nacionalidades |
Ensino Fundamental Final | História | Relações de trabalho |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Trabalho e relações sociais |
Ensino Médio | História | Cultura |
Ensino Médio | História | Poder |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Ensino Médio | História | Memória |
Ensino Fundamental Final | História | Nações, povos, lutas, guerras e revoluções |
Ensino Médio | História | Sujeito histórico |
Estratégias:
Recursos:
O reconhecimento das formas de luta e das estratégias de sobrevivência cotidiana empreendidas por homens e mulheres escravizados no Brasil é fundamental para o questionamento de uma interpretação que os caracteriza como seres passivos e alienados. Desde o século XVI, inúmeras formas de luta e resistência marcaram a trajetória de vida e trabalho dos escravos africanos e seus descendentes no Brasil. Não apenas por meio de ações explícitas como rebeliões nas fazendas, fugas, formação de quilombos, assassinatos de feitores e proprietários, suicídios, entre outros, mas também por estratégias adotadas no cotidiano, as quais implicavam, muitas vezes, na negociação e no alargamento de suas alternativas de sobrevivência no cativeiro.
Desta maneira, na presente proposta, os alunos devem selecionar e interpretar fontes que permitam refletir sobre diferentes estratégias de resistência e de sobrevivência dos trabalhadores africanos escravizados no Brasil.
Elaboração de mapa conceitual do texto |
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Lara, Silvia Hunold. Novas dimensões da experiência escrava no Brasil. ComCiência. O Brasil Negro. 2003. SBPC/Labjor.
O texto de Silvia Hunold Lara, publicado na Revista ComCiência (10/11/2003) resgata o debate ocorrido nos estudos historiográficos, acerca das novas dimensões da experiência escrava no Brasil. Confira um excerto do texto:
Os alunos devem organizar as ideias centrais do texto através da elaboração de um mapa conceitual. Orientações para a atividade: a. Divida os alunos em duplas para a realização da atividade. Inicialmente, as duplas precisam ter clareza sobre o que é, para que serve e como produzir um mapa conceitual.
http://penta2.ufrgs.br/edutools/tutcmaps/tutindicecmap.htm. (Acesso em:12/07/2013). b. Os alunos devem produzir os mapas conceituais utilizando o Power Point ou outro programa, como o CmapTools, que é uma ferramenta específica para a criação de mapas conceituais, é gratuito e pode ser facilmente localizado na internet para download. Confira o tutorial para o CmapTools no link:c. As duplas devem apresentar para os demais colegas os mapas conceituais elaborados. Oriente os alunos a observarem as semelhanças e diferenças entre os mapas conceituais produzidos pelas duplas formadas na turma, verificando se destacaram conceitos semelhantes, se fizeram ligações parecidas entre os conceitos etc. Ao final, o professor deve propor uma discussão a respeito das diferenças ocorridas, chamando a atenção para os mapas que melhor representaram as ideias principais e secundárias do texto trabalhado. Os mapas conceituais produzidos podem ser compartilhados entre os alunos, através da utilização de pendrives ou e-mail.
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Atenção, professor! Os conceitos centrais discutidos pela autora devem aparecer nos mapas conceituais e no debate. Para que você possa auxiliar os alunos com esclarecimentos sobre possíveis dúvidas, confira a sugestão de leitura abaixo: LARA, Silvia Hunold. Campos da Violência. Escravos e Senhores na capitania do Rio de Janeiro - 1750-1808. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1988. |
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Assista também, em vídeo, à entrevista do historiador Sidney Chalhoub, para auxiliar no planejamento da atividade e no debate com os alunos: Entrevista de Sidney Chalhoub a Mônica Teixeira
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Existem várias estratégias de luta, resistência e de sobrevivência que poderiam ser trabalhadas nesta proposta, relativas às experiências dos trabalhadores escravizados no Brasil. Entretanto, para o desenvolvimento da atividade, é preciso delimitar e selecionar algumas delas. Abaixo, estão algumas sugestões, o que não significa que representam a totalidade ou que outras formas de luta e de resistência não possam ser consideradas no trabalho com os alunos.
Primeira EtapaSeleção das temáticas e dos textos e/ou materiais audiovisuais relacionados a elas.
Segunda etapaLeitura, fichamento e discussão no grupo sobre o material selecionado
a. Divida os alunos em grupos e oriente-os a fazerem uma leitura atenta dos textos e outros materiais selecionados. Cada grupo ficará com uma temática específica para preparar e apresentar aos colegas. b. Os grupos devem fazer o fichamento dos textos relativos ao seu tema.
Orientações para elaboração dos fichamentos Para o professor: Para que os alunos façam um bom fichamento das fontes selecionadas, é importante que o professor tenha clareza dos objetivos e aspectos positivos desta estratégia de estudo. Sendo assim, antes de propor a atividade aos alunos, faça uma leitura dos seguintes textos: Alguns procedimentos de apoio à leitura. Link para acesso ao texto: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/alguns-procedimentos-apoio-leitura-532656.shtml Projeto de formação de professores 1º módulo: Grifos e Fichamentos. Link para acesso ao texto: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/projeto-formacao-professores-procedimentos-leitura-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-532517.shtml?page=all
Para os alunos: Fichamentos: quando utilizar e como elaborar. http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16230/index.html?sequence=10 Fichamento. Como fazer. http://www.fichamento.com.br/comofazer.html
c. Após o fichamento dos textos, reúna os alunos nos grupos para que possam socializar as suas leituras, fichamentos, esclarecer possíveis dúvidas e começar a preparação do seminário. Terceira EtapaProdução dos slides e preparação para a apresentação oral
a. Os alunos devem procurar solucionar possíveis dúvidas em relação ao conteúdo dos textos e demais materiais selecionados com o professor. b. O professor deve orientar os alunos a respeito de como a apresentação do tema deve ser organizada. Confira exemplo, abaixo:
Quarta EtapaApresentação a. Em data previamente marcada pelo professor, os grupos fazem as suas apresentações aos colegas. b. Após a apresentação de cada grupo, é fundamental reservar um tempo para debate das ideias centrais do tema, para que os colegas (público ouvinte) esclareçam dúvidas com o grupo e com o professor e também exponham as suas conclusões a partir do que foi apresentado. |
Interpretação de charge sobre a resistência dos escravos africanos à escravidão
a. Reproduza para os alunos a charge abaixo:
(Qual é coroa, presente? Se liga na história!)
Acervo pessoal
Charge produzida pelos alunos Jonnathan e Marcelo, estudantes do 9º ANO do Ensino Fundamental da ESEBA/UFU
b. Os alunos devem iniciar o trabalho de interpretação da charge pela observação atenta dos elementos que compõem a situação representada: personagens, vestimentas, objetos, palavras/diálogos, expressões corporais, ambientes representados etc.
c. Os alunos devem procurar levantar as suas hipóteses acerca da ideia central da charge, a partir das seguintes orientações:
1. Levando-se em conta o anacronismo propositalmente presente na frase que pode ser lida na charge, responda: a quem o homem negro se dirige? Quais os sentidos da palavra “coroa” na frase? 2. No “presente” que se encontra nas mãos da mulher está escrito “abolição da escravidão”. Como o homem reage ao “presente”? Ele se mostra feliz, agradecido ou manifesta outro tipo de reação? Qual? 3. Qual o significado das imagens representadas nos quadrinhos atrás do homem negro? Qual a relação destas imagens com o que o homem negro diz (Se liga na História!)? Imagens: pela ordem, de cima para baixo: representação de Palmares, Ganga Zumba/Zumbi, capoeira, sedução do senhor, fuga, escravo açoitando o feitor).
4. Historicamente, a quem o homem negro representa? E a mulher com o presente na mão? 5. Finalmente, que fato histórico é representado na charge? Qual a crítica realizada pelos autores? A charge critica a interpretação oficial da abolição da escravidão, segundo a qual a Princesa Isabel “presenteou” os escravos com a Lei Áurea. O escravo, representado no primeiro plano, questiona e aponta para as diferentes formas de luta e resistência dos escravos no cativeiro, as quais foram fundamentais para o processo de extinção da escravidão no Brasil. |
d. Após o trabalho de interpretação, individual e por escrito, os alunos devem debater as respostas com os colegas, sob a orientação do professor.
e. Todos os alunos, após as discussões e esclarecimentos de possíveis dúvidas, devem voltar à questão 5 e reestruturá-la, se for o caso, colocando as suas conclusões acerca da ideia central da charge.
Produção de charges pelos alunos
Professor, a charge trabalhada na Atividade 1 foi produzida por dois alunos do Ensino Fundamental, o que demonstra a potencialidade desta metodologia em aulas de História. Estimule os seus alunos a exercitarem a criatividade, o humor e o senso crítico na atividade proposta.
Tema: Estratégias de resistência e de sobrevivência dos escravos africanos e seus descendentes no Brasil
Orientações para a atividade a. Divida os alunos em duplas. b. Os alunos devem acessar, no portal do professor, duas aulas cuja leitura os auxiliarão no trabalho de produção de charges sobre o tema. 1. A aula "Leitura e produção de charges": a partir dela os alunos poderão identificar a charge como um gênero; analisar alguns recursos expressivos da charge - hipérbole, metáfora, ironia -, bem como os efeitos persuasivos produzidos por esses recursos; analisar e produzir charges, considerando as especificidades do gênero. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25116 2. A aula "A CHARGE como recurso metodológico na sala de aula: uma perspectiva para o ensino e a aprendizagem de História", onde são discutidas noções básicas para a produção e a interpretação de charges nas aulas de História. O professor deve orientar os alunos nesta tarefa. O link para acesso é: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=5406 c. Com o auxílio do professor, os alunos devem ler as orientações propostas nas duas aulas indicadas e iniciar o trabalho de produção das charges, em dupla. É importante frisar com os alunos que produzir uma charge não é apenas fazer um desenho sobre um determinado assunto. É preciso delimitar o tema, definir, a partir do tema, a ideia central que será retratada, representar a ideia de forma crítica e satírica, por meio de desenho (a charge também pode ser animada, mas a proposta aqui é para a elaboração de charges por meio de desenhos à mão livre). d. As duplas devem socializar as produções com os demais colegas. Após as apresentações, as charges podem ser expostas em mural ou painel para que os resultados do trabalho sejam compartilhados com toda a comunidade escolar. |
Nome | Tipo |
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Zumbi dos Palmares [Construtores do Brasil] | Vídeo |
Para os alunos:
A resistência dos escravos. http://www.brasilescola.com/historiab/a-resistencia-dos-escravos.htm
Palmares: cem anos de sonho. http://super.abril.com.br/superarquivo/1993/conteudo_113757.shtml
Para os professores:
LARA, Silvia Hunold. Trabalhadores Escravos. In: Revista TRABALHADORES – escravos. Campinas, Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo, 1989, p.4/19.
A voz escrava nos processos-crimes: História de escravos ladinos na escravidão brasileira. http://www.ifch.unicamp.br/graduacao/anais/joice_oliveira.pdf
A experiência dos africanos e de seus descendentes no país. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/
Todos os links foram acessados em 13/07/2013
O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo, como: elaboração e apresentação de mapa conceitual, produção e apresentação de slides sobre o tema da aula, interpretação e produção de charges.
Quatro estrelas 1 classificações
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13/08/2013
Quatro estrelasEsta aula foi bem programada, agradecida estou.