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“Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre os costumes indígenas!"

 

25/08/2013

Autor e Coautor(es)
GILBERTO LOPES LERINA
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FLORIANOPOLIS - SC Universidade Federal de Santa Catarina

Giandréa Reuss Strenzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Linguagens da pluralidade nos diferentes grupos étnicos e culturais do Brasil
Educação Infantil Natureza e sociedade Objetos e processos de transformação
Ensino Fundamental Inicial Artes Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical
Educação Infantil Natureza e sociedade Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Educação Infantil Movimento Coordenação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 - Conhecer práticas de subsistência e peculiaridades da etnia indígena;

 - Promover um olhar crítico das crianças sobre a vivência indígena;

 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos;

- Construir com os amigos da sala, objetos para brincarem.

Duração das atividades
Cada etapa pode durar em torno de uma hora e poderão ser propostas em dias alternados.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Essa aula é proposta como continuidade da aula "Vamos viver um dia de índio na nossa escola".

Estratégias e recursos da aula

 

PRIMEIRA ETAPA: “Vamos nos transformar em índios”?

Duração: Aproximadamente uma hora e trinta minutos.

Local: Atividade ao ar livre podendo ser no parque ou pátio da Instituição.

Material: O cocar construído, na aula "Vamos viver um dia de índio na nossa escola", túnel de pano ou similar, aparelho portátil para reproduzir som, pedaços de madeira, papel celofane, incenso e chocalhos (garrafas PET pequenas com pedrinhas, ou um pouco de arroz ou feijão no seu interior - ver sugestão acessando: 

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37796

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48847

 

Proposta: O professor deverá reunir o grupo e solicitar um alongamento podendo se inspirar nos movimentos de um cão ou um gato quando se espreguiçam. Na sequência, o professor relembrará às crianças sobre o que experenciaram na aula anterior ("Vamos viver um dia de índio na nossa escola") e as instigará para que se pronunciem valendo de suas memórias. Combinará que para este momento, as crianças utilizem o “cocar do poder” construído na aula anterior e que neste momento, eles irão aprofundar os seus conhecimentos sobre os índios. Estas falas devem conter um “tom” místico e de suspense, no sentido de despertar o interesse na participação das crianças ao proposto. Continuando, o professor instigará as crianças a passarem por um “portal” ou “túnel do poder” (o pano branco) e que só aqueles que conseguirem passar conseguirão descobrir um pouco dos mistérios que envolvem os indígenas.

Dito isto, ele estende um pano segurando nas extremidades pelos adultos de forma que se pareça com um túnel e com sons indígenas disponível em: http://musicasnativas.blogspot.com.br/ .

  Na sequência solicitará que as crianças passem livremente por várias vezes explorando de diferentes formas. Num dado momento, o professor distribuirá os chocalhos, que poderão ter sido confeccionados anteriormente a esta atividade. Continuando, o docente solicitará que as crianças se sentem em uma roda e organizará, para que neste momento, cada criança possa atravessar o túnel mais lentamente e no momento que ela chegar ao meio do túnel, os chocalhos tocaram.  A criança deverá ficar no centro por alguns momentos até que o som dos chocalhos cesse. Ao sair do túnel, o professor presenteará cada uma com o seu “cocar do poder” confeccionado anteriormente. Para incrementar o momento, o professor poderá fazer uns dois riscos de tinta adequada para a face, no rosto da criança, caso ela permita. O cocar e a tinta deverão ficar escondidos, de forma que os demais da roda não vejam este “efeito”. Ao final, o professor abre para comentários sobre como foi esse momento para cada um.

 

                                      indios no tronco

Crianças vivenciando a experiência da atividade relativa aos índios.

Acervo pessoal Gilberto Lopes Lerina 

 

 

 

SEGUNDA ETAPA: “Vamos para a mata, tribo”!

Duração: Aproximadamente uma hora.

Local: Ao ar livre, dentro ou fora da Instituição.

Material: Nesta etapa somente os professores utilizarão estas ferramentas, facão e ou serrote. No caso da inexistência de galhos e ou bambus nas redondezas da Instituição, o professor deverá coletar galhos em outro local.

Proposta: O professor proporá uma roda e recordará ao grupo que, neste momento todos têm um lado índio depois do ritual pelo qual passaram e por isso eles têm um grande compromisso com o cuidado com a natureza, com os amigos e com os animais e que neste momento, eles vivenciaram um pouco como os índios vivem e esta é uma das filosofias indígenas, podendo se aprofundar ou alongar um pouco mais o assunto. Será importante o professor perceber qual o grau de interesse das crianças e o quanto ele poderá aprofundar no assunto.

O professor conduzirá uma conversa que os índios têm uma forma diferente de viver, podendo acessar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%ADgenas

Ampliando seus comentários sobre a suas crenças, onde habitam, do que se alimentam e como se relacionam com a natureza, procurando buscar nas crianças o que eles se lembram da pesquisa realizada. O professor dará ênfase à forma dos índios subsistirem, instigará às crianças pensarem em como eles buscam seus alimentos e de que forma. Ao final, o professor convidará as crianças a confeccionarem alguns artefatos indígenas utilizados pelos índios no dia a dia para sua subsistência. O arco e flecha, a vara de pescar e o arpão para pesca. E que para isto eles deverão fazer um passeio na natureza para coletar estes materiais para posteriormente construírem.

Para a efetivação desta coleta fora da Instituição, o professor poderá se valer de um passeio, pensado e estruturado. Esta saída deverá ser organizada e visitada anterior ao passeio com o grupo.  Caso contrário, o professor deverá ir à busca deste material para as crianças. O material deverá ser organizado e poderá ser escondido separadamente na Instituição propondo que as crianças o procurem. Os galhos secos devem escolhidos para serem transformados em varas de pescar, arpão para pesca, arcos e flechas. Uma vez as crianças de posse deste material, dentro de uma das possibilidades citadas acima, o professor iniciará o processo de transformação.

 

 

 

TERCEIRA ETAPA: “Vamos transformar galhos em varas de pescar, arpões e arcos e flechas?”.

Duração: Aproximadamente uma hora

Local: Na sala de aula ou pátio.

Material: Os galhos de árvores coletados pelas crianças, pedaços de cano de PVC de 70 cm de comprimento e de 20 milímetros de espessura, furadeira, broca para madeira de 8,0 milímetros, cordão de polipropileno de 3 milímetros.

Proposta: Para este momento, o professor reunirá o grupo e os materiais, de forma que as crianças tenham acesso e liberdade de utilização. Deverá acompanhar de perto este momento e se for necessário, poderá intervir no sentido de poder concretizar aquilo que as crianças planejaram para o seu artefato indígena.

Arco de cano de PVC - Para este objeto, o professor deverá cortar o cano em uma parte de aproximadamente 70 cm. Deverá fazer um furo em cada extremidade do cano de forma que a broca o atravesse. O pedaço de fio de polipropileno será amarrado de uma extremidade a outra. A flecha poderá ser um galho de bambu, como mostra figura abaixo:

 

indio 2

Arco e flecha com cano PVC 20.

    Acervo pessoal: Gilberto Lerina NDI/UFSC

 

Vara de pescar Este objeto é simples. Nos galhos coletados será amarrado na sua extremidade um pedaço de barbante e na sua ponta um pequeno “anzol” de fio de luz de cobre encapado.

Arpão para pesca - Da mesma forma que os demais, o galho que aparentar o formato de um arpão, deverá ser escolhido entre os demais e disponibilizado para que as crianças o lixem e o pintem ou adornem como assim desejarem. O professor deverá estar atento para intervir caso eles fiquem pontiagudos ou as crianças demonstrem dificuldade em finalizá-lo.

 

 

 

QUARTA ETAPA: “Vamos fazer um acampamento de indígena?”

Duração: Em torno de duas horas, aproximadamente.

Local: Em um bosque ou parque. Para essa etapa é necessário o acompanhamento de dois adultos, além do professor.

Material: Arcos, flechas, arpões de pesca, vara de pescar, folhas secas (peixinhos), “cocar do poder”, máquina fotográfica, 01(um) bambu grande de aproximadamente 04 (quatro) metros, uma lona do tipo caminhoneiro com ilhós de 4x3 metros, 04 (quatro) cordas de nylon grandes de aproximadamente 04 (quatro) metros cada, papel celofane, pedaços de tronco para uma fogueira imaginária, incenso, fósforos para acender o incenso. Havendo folhas e galhos, o professor poderá colocar sobre a barraca para dar um tom mais rústico, como se fosse uma grande oca.

Proposta:  Para esta atividade, o professor deve fazer um reconhecimento prévio de uma área que possua um gramado e algumas árvores, podendo ser um bosque, uma praça, um campo de futebol, enfim, um lugar agradável, rodeado pela natureza, onde as crianças possam explorar as belezas naturais, ouvir o som dos pássaros, sentir o vento, entre outras possibilidades, mas que, ao mesmo tempo, não ofereça perigo à integridade física das crianças.  Se, por acaso, o professor identificar um local com este perfil, ele deverá investir em uma saída da Instituição a passeio. O professor reunirá o grupo no pátio da Instituição, a fim de retomar algumas regras para o desenvolvimento da atividade. Também ao professor caberá delegar funções para os adultos e dividir os materiais a serem levados ao local do acampamento, devendo cada adulto acompanhar de perto certos tipos de materiais, com olhar apurado para a segurança das crianças, sobre a qual o professor comentará com o grupo, apontando ainda para a importância que todos têm nesta atividade, o cuidado com as plantas e com os pequenos animais etc.

Em seguida, o professor coordenará a ida até o local de acampamento anteriormente escolhido. Chegando lá, ele novamente reunirá o grupo e iniciará a divisão das funções de cada um em sub grupos e distribuição dos diversos materiais confeccionados anteriormente. Os subgrupos terão como funções 1) cuidar da alimentação, da armação e do cuidado com a barraca; 2) da limpeza e 3) das brincadeiras e aventuras que irão se desenvolver no local. O docente organizará a armação da barraca e um local onde se possa fazer uma fogueira imaginária com celofane e um incenso aceso no centro entre as madeiras, com cuidado para não tocar o celofane.

Em um dado momento, o professor convidará as crianças para fazerem uma trilha ou uma exploração pelo local. Elas deverão caminhar atrás do professor, que será cacique desta tribo, explicando o significado desta designação. Enquanto caminha pela “perigosa trilha”, o professor iniciará uma contação de história. Pára de repente, e pede para o grupo também parar. Distribui pedaços de EVA, de forma irregular, pelo chão, e comenta teatralizando: “Agora nós devemos atravessar um rio muito, muito perigoso, com peixes e pedras muito escorregadias, portanto, temos de nos equilibrar”!! O último adulto, ao passar, deverá recolher as pedras de EVA.

Mais adiante, o professor pode se valer de uma sugestão de uma aula do Portal do Professor: "Vamos Brincar de corda de um jeito desafiante?", acessando: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37893.

Na sequência, ele sugerirá que as crianças pesquem com seus arpões e varas de pescar, enquanto outro grupo sairá com os arcos e arpões para caçar e por ai vai, dando “asas” à imaginação, com o objetivo de construir um momento que possa ser prazeroso e agradável. Peixes pescados, o professor sugerirá que o grupo volte para a grande oca para assarem os pescados Ao final das brincadeiras, o professor reunirá todo o grupo e fará uma rodada de conversa sobre a atividade, de forma que todos os presentes tenham a sua vez de se expressar. O material deverá ser recolhido por todos e a mesma divisão de materiais poderá ser mantida para que todos ajudem no retorno à Instituição.

 

 

Fonte:  http://manmessias21.blogspot.com.br/2012/04/ciclo-de-debates-sobre-criancas.html

 

 

 

     

Recursos Complementares

Sobre a aula do portal sobre os índios:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/verAula.html?aula=50681

Avaliação

Nos registros da aula, o professor avalia como as crianças reagiram diante do proposto: com coragem, vergonha, medos, desenvoltura, se conseguiram interagir com as outras crianças do grupo, objetos confeccionados e propostas.

O registro fotográfico poderá servir de subsídio para a avaliação da aula do professor e da sua observação quanto a participação das crianças. As imagens poderão compor um registro escrito que poderá ficar exposto na Instituição onde familiares e visitantes possam contemplar.

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