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Edição 48 - Educação de Jovens e Adultos
20/12/2010
 
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Alunos de EJA devem ter educação de qualidade

EJA busca não cometer os mesmos erros do ensino supletivo, diz Maria Margarida Machado, da UFG.

EJA busca não cometer os mesmos erros do ensino supletivo, diz Maria Margarida Machado, da UFG.

Autor: Arquivo pessoal


A educação de jovens e adultos (EJA) concebe seus alunos como sujeitos de direito, que devem ter a sua disposição uma educação de qualidade e não um curso esvaziado e sem sentido para a formação do cidadão. A afirmação é da professora Maria Margarida Machado, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), para quem o objetivo da EJA é sobretudo proporcionar aos jovens e adultos que não tiveram possibilidade de concluir seus estudos, o acesso ao ensino fundamental e médio.

Para Maria Margarida, que já exerceu as funções de vice-diretora e coordenadora de graduação da UFG e de coordenadora pedagógica do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), a EJA deve ser também um lugar de encontro e reencontro das pessoas na sua interelação pessoal e nas experiências de ampliação cultural.

“A identidade da EJA é aquela que melhor corresponde à identidade dos sujeitos da EJA, sejam eles jovens, adultos, ou idosos”, destaca. Ela acredita que, hoje, a escolarização voltada para jovens e adultos busca não cometer os mesmos erros do ensino supletivo, onde a oferta de educação era “aligeirada e compensatória”.

Em sua opinião, a psicologia e a linguística, em especial, já demostraram que existem diferenças no aprendizado de pessoas nas mais diversas idades. “Sobretudo o aspecto da experiência de vida e, portanto, de uma formação sócio-cultural mais intensa, faz do aluno jovem e adulto um aprendiz que dialoga frente aos novos conhecimentos a partir do que já sabe”, ressalta a professora.

De acordo com ela, isto é um desafio, pois também significa que a realidade concreta de vida, os condicionantes econômicos e sociais, interferem no processo de aprendizagem e por isto precisam ser levados em conta no processo ensino-aprendizagem. Maria Margarida diz que a forma como o aprendizado no adulto é mobilizado é diferente das crianças, tendo em vista sua trajetória de vida. “Buscar seus interesses imediatos quando volta à escola, é fundamental, mas não se pode ficar no imediatismo. É preciso ajudá-lo a perceber como aprender é importante, fundamental e prazeroso”, salienta.

(Fátima Schenini)

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