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Edição 63 - Gestão de Sucesso
29/11/2011
 
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Alunos de Sergipe e Chicago farão intercâmbio virtual em 2012

A Escola Oratório Festivo tem obtido índices positivos e crescentes no Ideb

A Escola Oratório Festivo tem obtido índices positivos e crescentes no Ideb

Autor: Arquivo da escola


A diretora das Escolas Reunidas Oratório Festivo São João Bosco, irmã Geni de Marco, voltou entusiasmada dos Estados Unidos. Apesar da realidade escolar de primeiro mundo estar, de acordo com a irmã, ainda bem distante da escolinha de 300 alunas que ela comanda, em Aracaju, Sergipe, ela acredita que é possível importar algumas práticas para melhorar ainda mais a qualidade do ensino e da aprendizagem.

A escolinha da irmã Geni conquistou o primeiro lugar no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar 2010, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). “Tudo que é desenvolvido aqui é planejado e acho de suma importância trabalhar com professores comprometidos e com a parceria dos pais”, diz a irmã.

O resultado é que, no ano passado, a aprovação escolar foi de 98% e a evasão de 0%. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola, que passou de 4,6 em 2005 para 5,2 em 2009, garantiu à escola o primeiro lugar na capital. De acordo com a irmã Geni, apenas mais uma escola de Sergipe obteve esse mesmo índice. “Mas não é por isso que vamos esmorecer, achar que está bom. Agora sinto que o compromisso é maior”, comenta.

Como resultado do prêmio e da viagem, a irmã Geni e a direção da escola anfitriã, Edward Coles Model for Excellence Scholl, em Chicago, nos Estados Unidos, iniciarão um projeto de intercâmbio virtual, no próximo ano letivo. As estudantes do primeiro ano das Escolas Reunidas Oratório Festivo terão aulas virtuais de inglês, uma vez por semana, com os alunos norte-americanos. “Será uma novidade, porque hoje não temos aulas de inglês na escola”, conta a irmã. Ela ainda precisa solicitar mais computadores para as alunas, porque sua escola tem dez desses equipamentos no laboratório. “É muito diferente da realidade das crianças da escola de Chicago, que têm cinco computadores na própria sala de aula.” A ideia é que o intercâmbio virtual acompanhe as crianças brasileiras até que elas estejam no 5º ano do ensino fundamental.

A viagem aos Estados Unidos tem inspirado a irmã Geni para novos desafios. Segundo ela, os professores da escola que visitou trabalham em tempo integral. Preocupados com o que os alunos aprendem, eles acompanham todas as atividades feitas pelos estudantes na sala de aula e em casa. “São professores que leem muito, planejam muito e, o que facilita, é que eles têm todos os recursos tecnológicos”, avalia. Na instituição que dirige, irmã Geni entende que poderá envolver mais as alunas e os professores, trazer os pais para o colégio e fazer parcerias com a sociedade. “Todos devem se unir pela educação”, defende. Para ela, a gestão escolar participativa tem transformado os alunos em participantes ativos na construção do seu próprio conhecimento e criado um clima favorável ao desenvolvimento de práticas educativas inovadoras.

Comitê Comunitário – Mãe das gêmeas Jamile e Janine, de 10 anos, alunas do 4º ano, a cozinheira Auxiliadora Santos Silva é presidente do Comitê Comunitário, que ajuda a buscar recursos e renda para a escola. Assim, nas feiras de ciências, as integrantes do comitê vão atrás de plantas e de sementes; nas festas juninas, armam barracas para vender canjica e outros quitutes típicos. “Sempre gostei de participar de tudo na vida das minhas filhas. Não falto às reuniões e aos eventos porque acho que isso faz toda a diferença. Vejo como elas ficam felizes”, destaca.

A preocupação de Auxiliadora é com o fato da escola da irmã Geni atender somente os anos iniciais do ensino fundamental. “Tenho outra filha que estudou aqui até 2010 e nunca me deu trabalho. Agora, em outra escola, está com notas ruins e problemas de disciplina”, revela. “Os professores não faltam e quando isso acontece são substituídos, para que os alunos não fiquem sem aula”, relata.

As crianças matriculadas nas Escolas Reunidas vêm de comunidades carentes e algumas moram na própria instituição, recebendo assistência jurídica do Juizado da Infância e da Juventude, apoio do Conselho Tutelar e assistência psicológica e social. Apesar dessas diversidades, a escola consegue índices positivos e crescentes no Ideb por ter um projeto pedagógico construído coletivamente para ser cumprido durante o ano letivo. “Fazemos todos os meses uma análise do desempenho pedagógico da escola para que possamos assegurar a melhoria da qualidade do ensino”, informa a diretora. (Rovênia Amorim)

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