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Edição 74 - Educação em Prisões
06/07/2012
 
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Educação de jovens e adultos abre oportunidades a detentos do ES

A ressocialização abre oportunidades, diz Maria do Carmo de Oliveira

A ressocialização abre oportunidades, diz Maria do Carmo de Oliveira

Autor: Arquivo pessoal


As secretarias de Educação e de Justiça do Espírito Santo atuam em parceria na oferta de educação de jovens e adultos em unidades prisionais do estado. O objetivo é garantir o direito constitucional de acesso dos privados de liberdade ao ensino com qualidade e contribuir para o processo de reinserção desses cidadãos na sociedade.

Em todo o estado, mais de 20% das pessoas privadas de liberdade assistem a aulas no próprio espaço prisional. Para a gerente de educação, juventude e diversidade da Secretaria de Educação, Maria do Carmo Starling de Oliveira, a oferta de educação de jovens e adultos visa a garantir, no espaço escolar dos presídios, a efetiva participação dos internos no processo de construção de conhecimento. “A ressocialização abre oportunidades e oferece cidadania a jovens e adultos privados de liberdade”, ressalta a professora, graduada em pedagogia, com pós-graduação em educação.

As aulas de educação de jovens e adultos nos presídios são ministradas por professores contratados pela secretaria. Um deles é a pedagoga Patrícia Pereira dos Santos. Especialista em alfabetização e letramento nas séries iniciais e na educação de jovens e adultos, ela ministra aulas a 18 internos da Penitenciária de Segurança Máxima I, no complexo de Viana, município da região metropolitana de Vitória. “Recebemos alunos que não sabem ler nem escrever e que anseiam ser alfabetizados e alunos que sabem ler e escrever, mas desejam adquirir outros saberes”, explica.

De acordo com a professora, os alunos, em sua maioria, são pessoas que repetiram séries escolares uma ou mais vezes ou que não concluíram o ensino fundamental. “Embora alguns nunca tenham estudado e outros tenham interrompido os estudos, todos sabem da importância que a educação tem na vida das pessoas”, salienta Patrícia. Ela relata que os detentos, mesmo quando preocupados com as famílias ou com o processo de recuperação da liberdade, fazem o possível para frequentar as aulas e participam ativamente das atividades. “É muito bom poder ver nossos alunos tendo mais uma oportunidade de estudar”, destaca.

Lecionar para turmas de educação de jovens e adultos no sistema prisional é proporcionar aos internos, acredita Patrícia, uma nova visão de mundo e oportunidades para uma vida melhor. Com especialização também em psicopedagogia, ela atua no magistério desde 2006. Em 2010, começou a dar aulas a turmas de educação de jovens e adultos.

No Espírito Santo, 27 unidades prisionais oferecem atendimento educacional. São mais de três mil alunos, distribuídos em 170 turmas, atendidos por mais de 200 professores. (Ana Júlia Silva de Souza)

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