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Edição 12 - Professor Universitário
06/01/2009
 
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Jovens professores têm pouca idade, mas muita disposição

Autor: Arquivo pessoal


Em geral, a imagem que se tem de um professor universitário é de uma pessoa mais velha e experiente. Mas a realidade mostra que isso não é bem assim. Há muitos jovens atuando na carreira acadêmica. Um exemplo é o gaúcho Bruno Polidoro. Com apenas 23 anos, leciona, há quase três, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre.

Ele dá aulas no mesmo curso em que se graduou – Realização Audiovisual – e finaliza, atualmente, sua dissertação de mestrado em comunicação, também pela Unisinos. Bruno começou a lecionar um mês depois de formado, quando tinha apenas 20 anos. “Sempre fui muito tímido em sala de aula, não falava muito e sofria para apresentar trabalhos. Mas sempre gostei da Academia e de me dedicar à teoria. Então, logo que me formei, abriu concurso para uma vaga na cadeira em que me especializei - direção de fotografia. Fiz os testes e acabei sendo selecionado”, explica.

Apesar da pouca idade, Bruno conta que é respeitado e tem conseguido manter um excelente relacionamento com os alunos. “Acho que há uma troca maior, por eu ser mais novo. Parece que eles confiam mais, pois trago experiências que eles terão logo que se formarem e isso nos aproxima”.

Paralelamente ao seu trabalho como professor, exerce atividades no cinema, como diretor de fotografia. “Dar aulas não exclui o desenvolvimento de trabalhos no mercado”, acredita o jovem professor. Ele diz que o salário é razoável e vale mais pela garantia de ser um salário fixo. “No mercado se ganha mais, mas nunca se sabe se teremos trabalho no próximo mês”, ressalta.

Com 33 anos, o médico Irami Araujo Filho é professor adjunto do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, desde 2005. Mas seu começo foi como professor substituto, em 2003, quando ainda fazia a residência médica em cirurgia geral no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN).

Com mestrado e doutorado em Ciências da Saúde, Araújo Filho conta que seu interesse pela carreira de professor e pesquisador começou no momento em que passou a atuar como professor substituto. O apoio recebido dos professores de cirurgia foi decisivo. Ele compreendeu que, publicando trabalhos, poderia ajudar uma quantidade muito maior de pacientes. “Foi nessa hora que associei o dom de ser cirurgião (herança de meu pai) com o de ensinar, herdado de minha mãe que é pedagoga aposentada.”

Araújo Filho não faz distinção entre lecionar ou pesquisar, pois acredita que as duas atividades têm seu grau de importância. “Através delas podemos dar nossa humilde contribuição à humanidade e devolver à sociedade um pouco daquilo que ela nos deu: universidade pública, acessível, gratuita e tantas outras condições de crescimento. No momento, ele desenvolve três linhas de pesquisa em cirurgia experimental, tendo iniciado recentemente mais duas.

Ele não atua em consultório. As atividades de ensino, pesquisa e extensão na UFRN e os cargos que ocupa - vice-coordenador da Pesquisa em Cirurgia Experimental Professor Clóvis Sarinho e vice-chefe do Departamento de Cirurgia -, ocupam todo seu tempo. Sua atuação ocorre exclusivamente em hospitais da rede pública, junto à residência médica em cirurgia geral do Hospital Universitário (operando e lecionando), e em atividades de plantão noturno em hospitais da rede estadual. “É uma forma de levar os alunos aos cenários reais da vida médica, mostrando um mundo completamente diferente do que estão acostumados”, destaca o idealista professor.

(Fátima Schenini)

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