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Edição 103 - Esporte na Escola
05/08/2014
 
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No RS, novas modalidades servem de motivação para os estudantes

Os estudantes começaram a participar de competições, com bons resultados

Os estudantes começaram a participar de competições, com bons resultados

Autor: Arquivo do professor


O propósito de ampliar o número de modalidades esportivas oferecidas nas aulas de educação física levou o professor Diego Telles Model, do município gaúcho de Igrejinha, a pesquisar alternativas para diversificar as atividades físicas desenvolvidas pelos alunos. O professor, que dá aulas a turmas do quarto ao nono ano do ensino fundamental na Escola Municipal Vila Nova, acredita que a presença de outras modalidades, além de proporcionar um melhor desenvolvimento motriz, torna o aprendizado mais lúdico.

Foi assim que, em 2009, após pesquisa sobre diferentes modalidades, Diego passou a desenvolver, com os alunos, projeto que incluía croquet, manbol, tchoukball, ultimate frisbee e quimbol. As atividades continuam, agora com as turmas do oitavo e do nono anos, com rotação de modalidades.

Naquela época, surgiu o interesse pelo hóquei. Após participar de curso de formação na Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama (CBHG) e conseguir a doação de oito tacos, Diego comprou mais dois e deu início ao trabalho. As atividades começaram nas aulas de educação física. Logo, devido ao interesse demonstrado pelos estudantes, o professor resolveu oferecer a modalidade também em escolinhas. “Em 2010, as atividades contavam com cerca de 20 alunos, com idade entre 11 e 16 anos”, afirma. “Muitos mais gostariam de participar, mas não foi possível por falta de material.”

Com o passar do tempo e maior divulgação, o projeto cresceu. Os estudantes começaram a participar de competições, com bons resultados. Em 2012, conquistaram o primeiro lugar no campeonato brasileiro sub-17, feminino. “Em 2013, passamos a atender mais alunos e de outras escolas”, diz o professor. “Os pais começaram a ficar mais próximos, participando dos treinos e ajudando nas demais necessidades.”

Ampliação — Segundo Diego, há a possibilidade de ampliar o projeto este ano, pois a Federação de Hóquei sobre Grama do Estado do Rio Grande do Sul (Fhers) desenvolveu curso de capacitação e liberou material para o esporte ser divulgado nas demais escolas municipais.

Diego explica que o hóquei é estudado e praticado nas aulas de educação física a partir do quinto ano. Quem tem interesse, pode participar do grupo, às quartas e sextas-feiras, no contraturno, ou aos sábados. Nas manhãs de sábado, o projeto atende ex-alunos, estudantes de outras escolas e a comunidade em geral.

O professor tranquiliza alguns pais, que associam a modalidade ao hóquei no gelo e, consequentemente, imaginam um esporte agressivo e violento. As regras do hóquei sobre grama e indoor visam à preservação dos jogadores e punem a violência severamente.

Divulgação — De acordo com o professor, há também um projeto-piloto de hóquei de rua. “Os alunos levam o material para jogar em local público; quem quiser aprender é convidado a jogar”, afirma. “É uma iniciativa dos alunos para divertimento e divulgação da modalidade.”

Entre os resultados da prática do hóquei sobre grama, o professor cita o aumento da frequência escolar e a consequente melhora no desempenho e a aproximação das famílias com a escola, por meio do projeto. “Sem dúvida, os maiores ganhos percebidos aconteceram em fatores psicossociais, como responsabilidade, companheirismo, respeito às diferenças, liderança, trabalho em equipe, integridade e a comunicação”, enumera.

Outros pontos importantes, para Diego, são a promoção da igualdade, o desenvolvimento do espírito esportivo, da autodescoberta e da autoafirmação. Ele cita também a noção maior de espírito de solidariedade e respeito pelo semelhante e de virtudes como autocontrole, fair-play e respeito às regras.

O professor ressalta, ainda, os ganhos do ponto de vista do desenvolvimento global das crianças. “O hóquei exige movimentação intensa e constante de todos os jogadores e trabalha com todos os músculos do corpo”, assegura. Graduado em educação física, com pós-graduação em metodologias de ensino e gestão da educação, Diego está no magistério há dez anos. (Fátima Schenini)

Acesse o blogue da Escola Municipal Vila Nova

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