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JORNAL
Edição 69 - Geografia Criativa
27/03/2012
 
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Para professor premiado, o mais importante é a certeza de estar no caminho certo

Luciano Siebra recebeu duas vezes o Prêmio Professores do Brasil

Luciano Siebra recebeu duas vezes o Prêmio Professores do Brasil

Autor:Wanderley Pessoa/ACS-MEC


Há 14 anos no magistério, Luciano Guedes Siebra trabalha na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dona Carlota Távora, no município cearense de Araripe. Graduado em biologia com especialização em ecologia, Luciano leciona biologia nos três anos do ensino médio. Duas vezes ganhador do Prêmio Professores do Brasil, diz que receber essa premiação é uma alegria inexplicável. “É gratificante, é motivo de orgulho”, revela.

Em 2008, ele foi premiado pelo projeto Pesquisar é produzir novos conhecimentos e comunicar os resultados; em 2011, pelo projeto Sustentabilidade no Monitoramento e Controle do Aedes Aegypti: uma alternativa ecossistêmica para uma problemática nacional. Segundo Luciano, depois das premiações, as pessoas que já acreditavam em seu trabalho passaram a vê-lo como uma referência. Para ele, no entanto, o mais importante é a certeza de estar no caminho certo. “Isso fica evidente quando olho meus ex-alunos que participaram dos projetos e que agora estão na faculdade”, analisa.

Luciano revela que não é fácil conciliar a rotina de sala de aula com o desenvolvimento dos projetos. “Precisamos receber mais apoio para esse tipo de trabalho”, ressalta. Em sua opinião, é necessário que os gestores invistam cada vez mais, disponibilizando um tempo maior na carga horário do professor, principalmente quando o projeto é de cunho científico.

Síntese do projeto premiado em 2011 - Sustentabilidade no Monitoramento e Controle do Aedes Aegypti: uma alternativa ecossistêmica para uma problemática nacional

Segundo o Núcleo de Endemias do município de Araripe, o índice de infestação do Aedes aegyptiem no período de 2006 a 2009 foi muito superior ao recomendado pela Fundação Nacional de Saúde. Com base nesses dados, o professor e os alunos resolveram investigar porque isso estava ocorrendo. Observaram, então, que a metodologia tradicional utilizada pelos agentes de endemias poderia não estar produzindo os resultados esperados para o controle do vetor. Isso demonstrava a importância de utilizar sistemas de vigilância alternativo, capazes de detectar precocemente possíveis surtos epidêmicos. Dessa forma resolveram desenvolver um trabalho com a ovitrampa (armadilha artificial) e a Moringa oleifera importantes ferramentas para detecção, monitoramento e controle do mosquito transmissor da dengue. A partir dos índices de infestação do município, fizemos o mapeamento da cidade de Araripe e delimitamos duas áreas para estudo. Então instalamos 20 armadilhas no quarteirão 53 e 16 armadilhas no quarteirão 26 que correspondeu a 32% de cada área.

O cronograma de trabalho incluiu diversas ações educativo-pedagógicas, incluindo, entre outras: oficinas de educação ambiental e de literatura de cordel, mutirões nas áreas monitoradas, gincanas educativas de prevenção à dengue, além de participação dos alunos em programas da rádio municipal. O uso desses métodos e dessas ações alternativas despertou nos alunos o interesse pela vigilância ambiental em saúde e sensibilizou a população para o problema.

Acesse o projeto na íntegra

Síntese do projeto premiado em 2008 - Pesquisar é produzir novos conhecimentos e comunicar os resultados

O presente estudo consiste em um trabalho investigativo desenvolvido de março a outubro de 2007, por alunos do 2º e 3º anos do ensino médio da EEFM Dona Carlota Távora, dentro da sua própria comunidade.

Entre os diversos estudos realizados pode-se destacar: o trabalho sobre o potencial turístico do distrito de Brejinho, no próprio município, o estudo da precariedade do sistema de abastecimento de água de Brejinho, a atividade das olarias como fonte de renda e os seus impactos ambientais, os impactos da construção de uma barragem próximo a uma fonte, a mandiocultura na Serra de Luiz Pereira e os impactos da manipueira nas casas de farinha de Araripe.

Acesse o projeto na íntegra

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