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Edição 43 - Redação no Ensino Médio
31/08/2010
 
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A leitura tem importância fundamental na escrita

O professor deve acompanhar atentamente o processo de escrita dos alunos.

O professor deve acompanhar atentamente o processo de escrita dos alunos.

Autor: João Bittar/Arquivo MEC


Uma boa redação reúne os fatores técnica e conteúdo de forma indissociável. Um texto que atenda somente a técnica irá se restringir de conteúdo que provoque interesse no leitor; já um texto de bom conteúdo, que não atenda as solicitações do enunciado da proposta, terá problemas de inadequação quanto a esse quesito.

A opinião é doutor em linguística, Luiz Antônio Prazeres, 24 anos de atuação no magistério, 18 dos quais como professor de português do Centro Pedagógico da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ele, de nada vale o treinamento de formatos rígidos de texto, feito por alguns professores, se esse texto não cumprir quesitos como qualidade, quantidade, objetividade, continuidade e progressão dentro do tema proposto, entre outros fatores.

De acordo com Luiz Antônio, a leitura tem importância fundamental na escrita, uma vez que pode possibilitar a quem produz um texto, conhecimentos fundamentais acerca do assunto a ser abordado, bem como de formas de texto que circulam na sociedade atual. “Um texto elaborado por um leitor apresenta características positivas marcantes, como possibilidade de aprofundamento em temas, conhecimento de gêneros textuais diversos e de seus elementos formais”, salienta.

Luiz Antônio também atua como validador de conteúdos disponibilizados na seção Espaço da Aula, no Portal do Professor, por professores do Centro Pedagógico. Ele explica que orienta os professores em termos de estratégias a serem adotadas, de textos-base a serem utilizados, de análise das atividades que compõem a aula, isto é, da possibilidade de execução das tarefas propostas e da verificação da continuidade da aula, para que ela forme um todo, coeso e coerente. “Por fim, faço uma revisão linguística da aula e a libero para análise da equipe central no MEC”, esclarece.

Uma das aulas validadas por Luiz Antônio foi a elaborada pelo professor de português, Igor Trindade – Preparação para o Vestibular: corrigindo redações com os alunos. “Essa aula foi trabalhada em sala, com estudantes da terceira série do ensino médio”, conta Igor, que atualmente está afastado da sala de aula para fazer mestrado em linguística teórica e descritiva – estudos gramaticais.

Para Igor, é importante que o professor acompanhe atentamente o processo de escrita dos alunos. “As aulas de produção textual devem ser verdadeiros laboratórios de edição, em que os estudantes exercitem constantemente a escrita e a reescrita de seus textos, conscientes da função social de cada gênero”, destaca. Ele acredita que trata-se de um excelente momento, inclusive para o ensino de aspectos linguísticos e gramaticais, para além dos aspectos discursivos e enunciativos. “É interessante, ademais, mostrar para os estudantes exemplos de bons textos, explicando o porquê de serem bons”, ressalta.

(Fátima Schenini)

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