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Edição 81 - Aulas de Ciências
13/12/2012
 
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Projeto de ciências de escola do Mato Grosso do Sul é premiado em olimpíada nacional

Sustentabilidade foi tema de um projeto desenvolvido por diferentes professores

Sustentabilidade foi tema de um projeto desenvolvido por diferentes professores

Autor: Arquivo da escola


Projeto desenvolvido na Escola Municipal Professora Arlene Marques Almeida, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, obteve o primeiro lugar na Etapa Nacional da 6ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), na modalidade projeto de ciências. Interdisciplinar, o projeto abrangeu também as disciplinas de língua portuguesa, língua inglesa, matemática, artes e informática.

O projeto — Sustentabilidade: Tema Motivador para a Inserção do Aluno no Mundo Letrado — foi aplicado em 2011 em turmas do oitavo ano do ensino fundamental do turno vespertino. Os alunos envolvidos apresentavam dificuldade de compreensão, de estabelecer relação e fazer a interpretação de dados e de representação de informações para a tomada de decisões e enfrentamento de problemas.

“Os Parâmetros Curriculares Nacionais, documento que organiza o currículo, orienta que o professor, independentemente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de trabalho”, diz a professora Marilyn Errobidarte de Matos, responsável pelo projeto. Ela argumenta que o texto deveria ocupar lugar de destaque no cotidiano escolar. Com o trabalho orientado para leitura, o aluno conseguiria apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista e argumentar. “Em um mundo no qual os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social”, destaca.

De acordo com o diretor pedagógico adjunto da escola, André Afonso Vilela, a comunidade escolar comemorou a premiação, que revela o bom trabalho realizado por todos. “É o resultado da aposta em um ideal: a aprendizagem dos alunos”, ressalta. Há 12 anos no magistério, Vilela é graduado em filosofia e em história.

Marilyn atua no magistério há 20 anos, 16 dos quais como professora de ciências no ensino fundamental da rede municipal. Com licenciatura em biologia e mestrado em ensino de ciências, ela leciona no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS), onde ministra aulas de metodologia de pesquisa científica a alunos do curso superior de tecnólogo em sistemas para internet. “Os projetos que desenvolvi sempre nasceram de uma necessidade da sala de aula, com temas escolhidos pelos alunos”, explica.

Tecnologias — Apreciadora das tecnologias de informação e comunicação (TIC), Marilyn usa nas aulas recursos que incluem desde quadro-negro e giz até a metodologia de pesquisa orientada da web, a webquest. “O interesse dos estudantes é despertado com atividades desafiadoras, com novidades, com tecnologias, com participação ativa”, afirma.

No período em que lecionou na rede municipal, a professora nunca trabalhou em escola que contasse com laboratórios. No entanto, isso não a impediu de desenvolver experimentos. “O laboratório da biologia é a vida, e vida tem em todo ambiente”, afirma. “Sempre desenvolvi experimentação com materiais do dia a dia, observação no jardim, na rua, na sala de aula.” Os professores, de acordo com Marilyn, contam com aliados muito significativos, como os vídeos disponíveis na internet. Outra opção são os objetos de aprendizagem. “Existem vários simuladores de experimentos de laboratório”, enfatiza.

Desafios — Também professor de ciências, com atuação em turmas do sétimo ao nono ano do ensino fundamental, Nivaldo Vitor de Albuquerque usa nas aulas conteúdo teórico e práticas diversificados, como recursos tecnológicos e de multimídia, além de cartazes, livros e peças de anatomia humana.

Para despertar o interesse dos estudantes pelas aulas de ciências, Albuquerque propõe atividades desafiadoras. “Faço com que eles percebam a necessidade do conhecimento para o desenvolvimento pessoal e cultural”, explica o professor, que este ano desenvolveu projeto sobre leishmaniose tegumentar e visceral. Com licenciatura e bacharelado em ciências biológicas e especialização em planejamento e gestão ambiental, Albuquerque está no magistério há 17 anos.

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente é promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Realizada a cada dois anos, tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e particulares brasileiras. (Fátima Schenini)

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