Sucoterapia foi o projeto apresentado por estudantes de três turmas de segundo ano do ensino fundamental da Escola-Classe 303, de São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, durante a exposição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 21 a 27 de outubro. O projeto engloba disciplinas de ciências, português e matemática, além de conteúdos transversais.
“Os alunos gostaram muito do projeto”, diz a professora Fernanda Costa, com touca na cabeça e avental, enquanto prepara receitas de sucos, às voltas com frutas, ervas, liquidificador e peneira. Segundo ela, embora tenham sido selecionados para participar do estande apenas os estudantes que se saíram melhor durante a apresentação do projeto, na própria escola, os demais tiveram a oportunidade de fazer visita à exposição.
“Uma experiência como essa amplia os horizontes dos alunos, pois permite que eles vejam coisas às quais não costumam ter acesso, seja em casa ou na escola”, destaca a professora. “Eles puderam ver, por exemplo, produtos apresentados no estande do sultanato de Omã, como tâmaras.” Segundo a professora, as crianças também ficaram entusiasmadas com o que viram nos estandes da Universidade de Brasília (UnB) e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
Petróleo — Outra instituição de São Sebastião a participar da mostra, no pavilhão de eventos do Parque da Cidade, foi o Centro de Ensino Médio nº 1 (CEM 01). Estudantes do terceiro ano apresentaram o tema Formação do Petróleo e seu Refino, falaram sobre a camada do pré-sal e trataram também do leilão da reserva de Libra, no Rio de Janeiro. “É um assunto que está em destaque na imprensa e tem a ver com o conteúdo estudado”, salienta a professora de química Sílvia Pires Batista, ao constatar o entusiasmo dos estudantes com a oportunidade de apresentar o tema na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Para Sílvia, ensinar ciências é um desafio, pois os estudantes têm dificuldade em associar o que estudam com o que vivenciam. “Eles fazem química todo dia, em casa, mas não conseguem estabelecer uma associação”, afirma. Ela procura ajudá-los a relacionar teoria e prática com visitas e passeios e, durante as aulas, com projetor datashow para ilustrar o conteúdo.
A professora considera importante despertar o interesse das crianças pela ciência desde pequeninas. “Dar exemplos mais práticos, menos teóricos, pode despertar o interesse pela área científica”, defende. Com graduação em engenharia agronômica e licenciatura plena em química, Sílvia está no magistério há 22 anos, sete dos quais com atuação na rede pública do Distrito Federal (Fátima Schenini).
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