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Edição 14 - Filosofia na Escola
14/02/2009
 
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Escolha do método é importante no ensino de filosofia

Autor: Arquivo pessoal


Aguardando ser chamado para dar aulas de filosofia no ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal, após ser aprovado em concurso público para a carreira de magistério, José Moura de Araújo, 38 anos, espera descobrir um método que desperte a curiosidade e o interesse e cause espanto entre seus futuros alunos.

Formado em filosofia pela Universidade Católica de Brasília, com pós-graduação na área, Moura já lecionou em instituições particulares, tanto de nível básico quanto superior. Sua experiência em escola pública ocorreu durante o estágio universitário. Foi um período curto, onde pode perceber um maior encantamento dos alunos pelos conteúdos apresentados.

Ele conta que sua experiência como professor de filosofia tem sido dualista. Em primeiro lugar, segundo ele, porque o ensino dessa matéria carrega um estigma de inútil, no sentido pragmático, em relação ao sistema econômico capitalista que avalia o homem pelo que tem e não pelo que é. E em segundo lugar, porque encontrou um campo apto à provocação, à descoberta. “Tudo depende do método utilizado,” diz.

Na visão de Moura, o grande e precioso segredo na arte de ensinar está na laboriosa e extenuante procura pelo método certo. “O professor que acertar o método conveniente para a realidade do grupo se sentirá realizado no final”, acredita. Para ele, a grande satisfação é sentir o progresso no modo de ver o mundo da parte dos alunos.

Ele nunca esquece a observação feita por um aluno do oitavo ano do ensino fundamental (sétima série): “não sei para que estudar filosofia, ela não dá dinheiro!” Segundo Moura, essa é a sociedade construída pelo colonialismo, o capitalismo, o positivismo, o neo-liberalismo. “O homem é uma máquina que produz e consome. Os efeitos estão revelados e se mostram psico-socialmente desastrosos.”

Em sua opinião, para que a formação humana possa ser completa, não só a filosofia, mas as ciências humanas em geral deveriam reger o ensino.

Moura acredita que a educação em geral, seja na família, nas ruas, nas escolas, ou nos meios de comunicação está relapsa, cansada e distante do possível. “Não é suficiente existir, mas sim viver uma existência conscientes de seus valores e prazeres”, ressalta.

(Fátima Schenini)

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