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Edição 28 - Seja um Professor
14/10/2009
 
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Bolsas de estudo facilitam acesso à carreira de professor


Ser um profissional da educação exige paixão pela área, dedicação, e boa formação. Apesar de gostar do que fazem, cerca de 600 mil dos 1,8 milhão de professores brasileiros não contam com um diploma de curso superior para atuar em sala de aula. Além disso, outros 127 mil possuem apenas bacharelado e não poderiam dar aula. Para facilitar a mudança desse cenário e garantir um maior número de profissionais qualificados nas escolas do país, o Governo Federal criou programas que facilitam o ingresso dos estudantes em uma universidade. Entre eles estão o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino superior (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Plano Nacional de Formação de Professores, que oferecerá 330 mil vagas em cursos superiores para docentes da rede pública de ensino do Brasil.

Estudante do curso de biologia, Karyne Baptista de Souza, 24 anos, quase desistiu do sonho de ser professora. Quando estava no final do segundo ano da faculdade, percebeu que não conseguiria mais arcar com os custos dos estudos. Para ajudar a família a pagar o curso, se dividia entre os empregos em supermercado, loja e na prefeitura de sua cidade, São José dos Pinhais (PR). A correria do dia a dia não lhe permitia maior dedicação à profissão e a impedia, inclusive, de fazer estágio na área. “Resolvi fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e minha nota garantiu uma bolsa no Prouni. Só continuei meus estudos por causa dessa oportunidade”, conta.

Hoje, Karyne está no sexto período na Pontifícia Universidade Católica de São José dos Pinhais, com bolsa integral. “É a realização de um sonho. Posso ter a carreira e a profissão que eu amo. Já estou dando aula em dois colégios da cidade. Biologia é a minha vida e eu não teria esse prazer se não fosse pela oportunidade de ganhar uma bolsa”, revela.

Criado em 2004, o Prouni concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, as instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos. Os candidatos ao ProUni devem ter renda familiar de até três salários mínimos por pessoa e atender condições como: ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral da instituição; ter cursado o ensino médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa integral da instituição; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. O programa realiza dois processos seletivos por ano, um em cada semestre. Para concorrer, os estudantes devem participar do Enem, na edição anterior ao processo seletivo do ProUni e obter a nota mínima no exame, estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Já o Fies financia a graduação de estudantes sem condições de arcar integralmente com os custos de um curso superior em instituições provadas. Os que optarem por cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia têm prioridade, devido à política de incentivo de formação de professores. Bolsistas parciais do ProUni matriculados nos cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia podem financiar até 100% do valor da mensalidade devida à instituição de ensino. Para os estudantes não bolsistas matriculados nesses cursos, o limite do financiamento é de 75% do valor da mensalidade total do curso. Para candidatar-se, o aluno deve estar regularmente matriculado em instituição privada, cadastrada no programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. A ficha de inscrição está disponível no site da Caixa Econômica Federal.

Pagamento - O Fies funciona da seguinte forma: enquanto cursa a faculdade, o aluno paga, a cada três meses, um valor de até R$ 50,00 para o fundo. Nos seis primeiros meses após a conclusão do curso, o ex-aluno tem um período de carência de pagamento, para que possa recompor o financiamento feito. Durante a carência, o custo é apenas os R$ 50,00 por trimestre, como parte dos juros. No primeiro ano após o término da carência, o estudante paga ao Fies, mensalmente, o mesmo valor que já vinha pagando à faculdade enquanto estudava. Em seguida, o saldo devedor é dividido em prestações iguais, por um prazo de até duas vezes o período de utilização do empréstimo. A taxa de juros para o financiamento é de 3,5% ao ano para todos os cursos.

Desde o início do Fies, 531.601 estudantes já foram contemplados. Pelo ProUni, 593.399 estudantes receberam bolsas de estudos. Para 2009, o Fundo dispõe de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão para financiamentos. Considerando o valor médio de uma mensalidade em um curso de quatro anos, o aluno irá pagar cerca de R$ 24 mil durante toda a graduação. Essa é a economia de um bolsista integral que conseguiu o benefício logo no primeiro período. Já os bolsistas parciais economizarão cerca de 50% desse valor.

(Rafania Almeida)

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