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Edição 8 - Cidadania na Escola
03/11/2008
 
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Grêmios estimulam participação dos alunos

Grêmio da Escola Municipal Vidinha Pires foi fundado em julho deste ano

Grêmio da Escola Municipal Vidinha Pires foi fundado em julho deste ano

Autor: Arquivo da escola


Na Escola Estadual Paulo Leminski, situada em Curitiba, Paraná (PR), o grêmio estudantil é uma tradição. Assim que a escola foi fundada, em 15 de março de 1993, o grêmio foi criado. Já na Escola Municipal Dona Vidinha Pires, localizada em Montes Claros (MG), o grêmio acaba de ser criado. Em 9 de julho deste ano, em assembléia realizada com todas as escolas do município, os alunos elegeram a chapa Progressista. Em ambas, o resultado da experiência é o mesmo: maior engajamento dos alunos.

Com mais de 23 anos de experiência como professora, Célia Luzzi acompanhou toda a história do grêmio da escola Paulo Leminski. “Entre as lutas travadas pelos estudantes estava o passe livre”, lembra. O atual grêmio da escola, denominado Che Guevara, conta com a participação de 15 estudantes e já organizou os jogos estudantis e uma campanha antitabagista.

Luzzi acredita que o grêmio estimula a formação crítica, a participação ativa e o desenvolvimento de responsabilidade dos alunos. “É no grêmio que os alunos vão começar a tomar pé das questões sociais, a descobrir o que é estar à frente de uma instituição e a ter responsabilidades”, destaca. Para ela, é necessário que os professores estimulem os alunos a participar mais.

Em Montes Claros, na escola Vidinha Pires, a formação do grêmio contribuiu para a melhoria do desempenho escolar dos estudantes. “O próprio presidente do grêmio, que não era um aluno muito aplicado, está mais disciplinado e dedicado aos estudos”, diz a professora Isabela Dias Moraes.

Coordenadora do grêmio, a docente acredita que é importante que os alunos sejam críticos e possam ter um diálogo aberto com os professores. “O grêmio faz uma ponte de comunicação entre a direção, os professores e os alunos. Já descobrimos alguns problemas que foram trazidos pelos próprios alunos”, conta.

Para a professora Isabel, não são somente os alunos que aprendem com as atividades dos grêmios, mas também os professores e pais de estudantes. Com a orientação da professora, os alunos criaram um blog do grêmio e estão preparando o lançamento de uma rádio na escola. “Toda essa experiência está sendo muito enriquecedora”, acrescenta.

Apesar do entusiasmo em relação ao grêmio, Luzzi observa, porém, que os alunos já foram mais atuantes. Ela lembra que, na década de 90, os estudantes eram mais engajados. “Os grêmios já foram mais efetivos”, diz. Para ela, é necessário que os professores retomem essa atividade, incentivando e apoiando os estudantes.

Professor de sociologia de Teófilo Otoni e autor do livro Grêmio Livre: história e diretrizes, Wilson Colares também defende uma participação maior dos professores na hora de orientar o grêmio. Segundo ele, é comum haver uma euforia no início da organização do grêmio mas, em seguida, as atividades se perdem. “A eleição e a solenidade de posse são muito instigantes, porém, é necessário que os professores acompanhem mais de perto e orientem os estudantes”, acredita.

Conheça um pouco mais sobre a história dos grêmio estudantis lendo o artigo do professor Wilson Colares “Os estudantes e os grêmios estudantis livres”.

(Renata Chamarelli)

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