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JORNAL
Edição 106 - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia-2014
29/10/2014
 
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Professor estimula a leitura nas aulas de ciências

O professor André juntou ciência e leitura, com ótimos resultados

O professor André juntou ciência e leitura, com ótimos resultados

Autor:Arquivo pessoal


Tecnólogo em gestão ambiental, licenciado em ciências biológicas e especialista em gestão ambiental, André Luis Vilanova Ribeiro está há cerca de quatro anos no magistério. Ele dá aulas de ciências no sexto ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professor Washington Manoel de Souza, no município de Queimados e de gestão ambiental para alunos do ensino médio da Escola Técnica Estadual João Luiz do Nascimento, em Nova Iguaçu, ambos no Rio de Janeiro.

“Procuro trabalhar, sempre que possível, de maneira multi ou interdisciplinar, pois acredito que essa abordagem proporciona uma aprendizagem mais significativa para os estudantes”, diz André. Foi assim que, ao trabalhar os conteúdos ligados à crosta terrestre, ao manto e ao núcleo, no início do 2º bimestre, propôs à professora de língua portuguesa, Katiúscia Lucas Severino, da escola Professor Washington, que fizessem um trabalho em parceria, de modo que os estudantes tomassem conhecimento do conteúdo do livro Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. “Não foi possível fazer a leitura do livro com os estudantes, por não haver tempo hábil, no entanto, a obra foi apresentada a eles, bem como um resumo da história.”

Antes de apresentar o livro, o professor provocou o interesse dos alunos: "Como vocês imaginam ser o interior da Terra? Seria possível uma viagem ao centro da Terra? Como seria? Será que alguém já imaginou uma viagem ao centro da Terra?". Então, a partir daí, discutiu com eles essas questões, contrapondo com os conhecimentos científicos atuais. Depois, apresentou o livro e perguntou se eles sabiam o que é ficção científica. “Expliquei que as ideias que o autor teve para a história foram em parte inspiradas nos conhecimentos científicos da época, de modo que eles pudessem entender que esse conhecimento vai sendo construído ao longo do tempo”, relata. Por fim, passou o filme mais recente, inspirado na obra.

André conta que a professora Katiúscia trabalhou um poema de cordel que faz um resumo da obra e um desenho animado que é uma adaptação do livro de Júlio Verne. “Esse trabalho foi um projeto-piloto. Para o ano que vem queremos desenvolvê-lo melhor e já temos a ideia de trabalhar a obra Da Terra à Lua, do mesmo autor, e algumas obras do Monteiro Lobato que podem ser utilizadas para o ensino de ciências, contrapondo com o conhecimento científico atual”, ressalta.

Também na escola Professor Washington, ele desenvolveu, em abril, um projeto de implementação de leitura intitulado O universo em verso e prosa. Após o término do conteúdo, ele propôs aos estudantes que elaborassem uma história, um poema ou uma paródia de uma música sobre o universo ou sobre como imaginavam ser uma viagem espacial. “A atividade permitiu que eles pudessem aplicar os conteúdos apreendidos ao longo do bimestre, utilizar os conhecimentos adquiridos nas aulas de língua portuguesa e, principalmente, utilizar a criatividade”, ressalta.

Segundo ele, o resultado foi surpreendente e em conversa informal com a implementadora de leitura na escola, professora Cilene Revelles, tiveram a ideia de fazer um livro com os melhores trabalhos. “Também pensamos em premiar os educandos que tiveram os trabalhos selecionados, na semana do Dia das Crianças. Optamos por premiá-los com livros, de modo a incentivar o hábito da leitura”, revela o professor. No dia da premiação, os alunos puderam ver seus textos digitalizados e encadernados fazendo parte do livro O universo em verso e prosa. “Eles adoraram”, salienta André.

De acordo com ele, o projeto serviu não apenas para que os estudantes fizessem uma revisão dos conteúdos aprendidos como também para que ele pudesse rever sua prática pedagógica e a identificar, por exemplo, conteúdos que não haviam sido bem compreendidos pelos alunos. “É importante ressaltar que o trabalho contribuiu para estimular o interesse dos educandos pela leitura, pois a própria premiação com livros é uma prova disso: me deparei com alunos lendo no intervalo das aulas e, inclusive, uma aluna veio me agradecer pelo presente e disse que estava adorando o livro”, ressalta. (Fátima Schenini)

(Republicado com acréscimos em 31.10.2014)

 

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