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Edição 69 - Geografia Criativa
27/03/2012
 
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Pesquisas de campo dão mais significado à aprendizagem

Para Vanuzia, o campo é um laboratório a céu aberto para todas as áreas do conhecimento

Para Vanuzia, o campo é um laboratório a céu aberto para todas as áreas do conhecimento

Autor: Arquivo pessoal


Professora há 14 anos, Vanuzia Lima costuma realizar pesquisas de campo com bastante frequência, principalmente com seus alunos do curso de graduação em geografia, no Instituto de Estudos e Pesquisas do Vale do Acaraú (IVA). “O campo é um laboratório a céu aberto para todas as áreas do conhecimento,” diz a professora do município cearense de Sobral, a cerca de 200 quilômetros de Fortaleza.

Segundo Vanuzia, antes de uma aula de campo ela costuma levar os alunos para a sala de multimeios, para que possam fazer uma viagem virtual. Ela propõe, então, que realizem pesquisas relacionadas aos conteúdos abordados; depois, sugere que tracem um roteiro para uma aula de campo onde possam associar o conhecimento adquirido na teoria. A culminância das atividades é realizada sempre com um debate.

Para ela, “a importância da pesquisa de campo nas aulas de geografia reside em ressignificar os conteúdos a partir do espaço de vivência dos alunos, de modo que os mesmos possam tornar-se mais críticos e participativos na sociedade em que atuam”. Como exemplo, cita a pesquisa de campo que realizou na disciplina de oceanografia, com seus alunos do IVA - todos professores do ensino fundamental e médio de escolas municipais e estaduais.

A atividade foi realizada nos municípios de Hidrolândia, Sobral, Granja e Camocim. Logo após a saída, às 6h, o grupo estudou a fonte de água sulfurosa no centro de Hidrolândia, quando discutiu a importância de sua aplicabilidade para a saúde no município. Em Sobral, foram trabalhados os recursos hídricos a partir do Rio Acaraú (trecho urbano) e em Granja, esses recursos foram trabalhados a partir do Rio Coreaú (trecho rural). Em Camocim, discutiram a dinâmica litorânea e a atividade pesqueira com representantes da comunidade de pescadores.

As atividades foram encerradas com uma peixada na Ilha do Amor, depois de um percurso de barco de cerca de três quilômetros pelo mar. De acordo com Vanuzia, os resultados foram valiosos. “Os estudantes puderam sentir de perto o cotidiano da dinâmica das paisagens litorâneas e o passeio pela interface mar e rio, bem como o encontro das águas doce e salgada“, revela.

Ela também dá aulas para alunos de ensino fundamental e médio. Atualmente leciona na Escola Estadual Ministro Jarbas Passarinho, no Centro de Referência Prefeito José Euclides Ferreira Gomes Jr e na Escola Municipal Netinha Castelo. Com bacharelado e licenciatura em geografia, Vanuzia tem pós-graduação em Desenvolvimento com Meio Ambiente e em Gestão e Coordenação Pedagógica.

Olhar geográfico – Na visão da professora Cristiane Lautenschlager, da Escola de Educação Básica Santos Anjos, no município de Rio das Antas (SC), a aula de campo acaba com o conceito de que a geografia é uma disciplina cansativa. “Essa prática propicia uma orientação de “não ficar preso” à sala de aula, e sim, fomentar a prática do olhar geográfico por meio de aulas no campo“, destaca. Formada em geografia, com pós-graduação na área, a professora leciona há nove anos no ensino fundamental e no ensino médio.

Fascinada pela geografia, Cristiane revela que na maioria das aulas faz leituras e debates pois acredita que, dessa forma, os alunos aproveitam mais. Também costuma trabalhar com filmes - “ajudam a gravar conteúdos“ – e com maquetes, que considera a atividade preferida dos alunos.

(Fatima Schenini)

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