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Edição 25 - Matemática Descomplicada
26/08/2009
 
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Competição estimula o aprendizado da matemática

O tenente Fernando Cunha Cores leciona matemática no Colégio Militar de Brasília.

O tenente Fernando Cunha Cores leciona matemática no Colégio Militar de Brasília.

Autor: Amanda Dominici


Estudar matemática pode ser mais divertido do que muitos estudantes imaginam. É o que acreditam os alunos dos Colégios Militares de todo o país. A dedicação na disciplina taxada como “terror das salas de aula” rende a eles o título de grandes campeões das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Na quarta edição da competição, em 2008, 118 estudantes de instituições militares conquistaram medalha de ouro, o equivalente a 39,3% do total de campeões. Na categoria ensino médio, 49 representantes desses colégios estão entre os cem melhores colocados, sendo donos inclusive das 11 primeiras colocações.

No Colégio Militar de Brasília (CMB), 500 dos três mil alunos estão participando da Obmep 2009. De acordo com a assessora pedagógica da Divisão de Ensino do CMB, Thelmy Arruda de Rezende, a cada ano um número maior de alunos se interessa mais pela disciplina com intuito de participar das olimpíadas. “Do ano passado para cá, tivemos um aumento de 40% de alunos representantes na competição. Para eles, a premiação torna o aprendizado mais interessante”, diz Thelmy. Ela atribui o sucesso dos alunos nas olimpíadas ao planejamento, estrutura da escola e dedicação.

Professor de matemática no CMB, o tenente Fernando Cunha Cores é responsável pela coordenação do preparatório para as olimpíadas no colégio. Ele acredita na fórmula tradicional para ensinar matemática, com o auxílio de tecnologias, mas atribui o sucesso dos alunos no desempenho à motivação. “Os estudantes estão sempre motivados a estudar. Nunca ficam sem professor em sala de aula. Se um falta, outro já está pronto para substituir. Além disso, eles gostam de ser desafiados, se superarem e serem reconhecidos por isso”, avalia.

Além da preocupação com a qualidade do ensino em sala de aula, os alunos que participam das olimpíadas ganham um pacote extra de preparação. Uma vez por semana, eles se reúnem para estudar. “Durante uma hora e meia eles tiram dúvidas, resolvem desafios acima do nível deles, desenvolvem novas técnicas de resolução e recebem orientação mais direcionada. Trabalhamos com animações, transparências e o que for necessário para eles visualizarem melhor as questões”, conta o professor. Core acredita que a repercussão do desempenho dos alunos do Colégio Militar os incentiva a melhorar cada vez mais.“Quem participa com o nome do colégio não quer fazer feio. Se esforça para conseguir resultados cada vez melhores e toma gosto pelo desafio”, analisa.

Olimpíadas – A primeira competição dessa natureza no país foi a Olimpíada Paulista de Matemática (OPM), criada em 1977. A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) acessível às escolas públicas e privadas de todo o Brasil foi criada em 1979. Atualmente, cerca de 300 mil alunos de escolas públicas e privadas participam dessa competição, sendo que o Colégio Militar de Brasília classificou 150 alunos para a segunda etapa de 2009.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), foi criada em 2005, devido à baixa participação das escolas públicas na OBM. As duas foram criadas pela Sociedade Brasileira de Matemática. De acordo com a idealizadora da Obmep, Suely Druck, cerca de cem países realizam olimpíadas de matemática e participam de competições internacionais, inclusive o Brasil. “Milhões de alunos já sabem mais matemática pelo simples fato da Obmep existir. Essa atividade cria um ambiente salutar para o ensino da matemática nas escolas. Pelo tipo de problemas que aborda, aguça a curiosidade de alunos e professores por questões matemáticas”, afirma Suely.

Segundo ela, a competição visa devolver às salas de aula o prazer do raciocínio da matemática. “As olimpíadas funcionam exatamente como um campeonato nacional entre as escolas públicas: os atletas (alunos) treinam resolvendo problemas de matemática, os que passam para as finais (2ª fase) treinam mais ainda e contam com a torcida de seus colegas e professores para um bom desempenho na final. Todos querem uma medalha para sua escola”, diz.

(Rafania Almeida)

Leia a entrevista da professora Suely Druck na íntegra.

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