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Edição 29 - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
04/11/2009
 
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Atividades lúdicas atraem estudantes para as ciências

Escola do DF desenvolve projeto Cozinha Experimental.

Escola do DF desenvolve projeto Cozinha Experimental.

Autor: Amanda Dominici


O que pizza tem a ver com aprendizado? Para o Centro de Ensino Candanguinho (Cecan), escola do Sudoeste, região nobre do Distrito Federal, tem tudo a ver. Por meio do projeto Cozinha Experimental, alunos da instituição que atende desde crianças de berçário até estudantes de ensino médio, executam não apenas pizzas, mas diversas receitas culinárias. Elas servem como motivação para o aprendizado, de forma lúdica, de conteúdos de diferentes disciplinas. O projeto foi um dos destaques da Sexta Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de Brasília.

Segundo o coordenador da área de ciências do Cecan, Helder Batista Souza, que também leciona ciências no ensino fundamental e biologia no ensino médio da mesma instituição, durante o preparo das receitas os professores ensinam processos químicos, físicos e biológicos ao mesmo tempo em que repassam noções de gastronomia, pois no final os alimentos são degustados por todos. “Como os alunos estão com a atenção voltada para o que está sendo feito e que será comido depois, o aprendizado é muito maior,” acredita o professor, que tem 25 anos de magistério e dá aulas também em cursinho pré-vestibular.

Professores de várias disciplinas participam das aulas na cozinha e ensinam diferentes conteúdos a partir da mesma receita, que serve como recurso motivador. “Trabalhamos com a integração das disciplinas”, explica Helder. Em uma receita de pizza margherita, por exemplo, o professor de história conta que ela foi criada em homenagem aos reis da Itália, Umberto e Margherita e utiliza em sua cobertura produtos que remetem às cores da bandeira italiana: queijo muçarela, tomate, e manjericão; o professor de geografia explica a origem das plantas utilizadas; o de biologia fala sobre a reprodução e desenvolvimento dos fungos; e o de química aborda o tema fermentação alcoólica. Conforme a origem do alimento, os alunos também aprendem a ler e escrever a receita em espanhol ou em inglês, como é o caso do bolo inglês. As hortaliças e temperos utilizados são cultivados pelos próprios alunos nas aulas do projeto Horta Suspensa.

Outro projeto desenvolvido pelo Cecan e apresentado no espaço da Semana de C&T é o de montagem de robôs, com utilização de computador. De acordo com Helder, o tempo de atenção dos alunos bem como a capacidade de aprendizagem aumentaram consideravelmente desde que iniciaram essa atividade, em que usam a linguagem de máquina Assembly. “É a educação através do processo lúdico”, salienta Helder.

Robôs também são destaque no Colégio Marista João Paulo II, instituição localizada na Asa Norte de Brasília (DF), que atende alunos desde a educação infantil até o ensino médio. A professora Raquel Mary dá aulas de iniciação à robótica em uma sala especialmente voltada para esse fim. Pedagoga com especialização em robótica, há três anos ela desenvolve o projeto Lego Zoom, criado pela divisão educacional do Grupo Lego.

Nas aulas de robótica, os alunos têm oportunidade de complementar temas específicos trabalhados na sala de aula pela professora regente. Como exemplo, Raquel Mary cita a reciclagem de lixo, assunto levado para a exposição da Semana de C&T, para o qual os estudantes criaram modelos em miniatura de um caminhão para coleta seletiva; uma esteira para seleção de material (metal, papel, plástico, vidro), entre outros equipamentos. A intenção é que os alunos participem, de forma prática, e aprendam que podem ser tanto usuários quanto criadores de ferramentas tecnológicas.

Raquel conta que há casos de alunos que não se destacam nas aulas das disciplinas normais, mas que se transformam quando chegam na sala de robótica. “Isso acontece porque nós oferecemos oportunidade de trabalhar diferentes habilidades, em uma aula prática e divertida”, acredita a professora. Para o estudante Artur Costa Arrochela Lobo,10 anos, do 5º ano (4ª série) do ensino fundamental, as aulas de robótica “são as melhores aulas que tem na escola”. Sua opinião dá razão à frase que ornamenta e serve de lema à sala de robótica: aqui a gente aprende brincando e se diverte estudando.

(Fátima Schenini)

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